Oi, gente!
Tenho noticias não muito boas. Mas, fiquem tranquilos que não é o fim do diário.
Só estou tendo o problema de não estar tendo muito tempo de jogar. Infelizmente, não vou poder atualizar hj, pois faz mais de uma semana que não consigo jogar.
Acredito que talvez consiga atualizar mais para o fim de semana ou semana que vem.
Infelizmente, no próximo mês será assim, se eu conseguir atualizar talvez seja uma atulaização a cada 15 dias.
Sei que tudo vai se normalizar depois, pois ando tendo que fazer mais horas extras no meu trabalho, por causa das férias de verão aqui no Canadá, além de termos menos funcionários no meu departamento. Eu trabalho em dupla com uma pessoa que sai de férias semana por 4 semanas a partir da semana que vem.
Eu só posso me desculpar.
Espero que vcs entendam que durante um periodo as atulizações serão mais escassas. Mas, antes do outro fds com certeza vai ter uma atualização, só não sei o dia ainda, ok?
bjs
ChrisFried
terça-feira, 24 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
Capítulo 10 – Maior idade
Além dos respectivos parceiros, meus filhos puderam
contar com a ajuda dos amigos nesta fase de luto.
Mas, como vocês podem perceberem, os amigos deles são
meio estranhos. Eu tenho impressão que a maioria deles são de vampiros. Eu não
tenho nada contra, desde que nenhum de meus filhos sejam «convertidos».
Enfim, para comemorar o aniversário que marcou a
passagem de jovem adulto à adulto de Sabrina, nosso vizinho e amigo próximo de
Sabrina, organizou uma festa de piscina na casa dele.
Foi excelente para distrair meus filhos e favorecer
que eles passassem algum tempo juntos numa atividade à exterior de nossa casa.
A partir de agora minha filha mais velha é uma adulta.
E uma nova fase de vida começa para ela.
Confesso que estou curioso para saber o que a
maioridade vai fazer com Sabrina.
No dia seguinte à seu aniversário, Sabrina tomou uma
atitude que me deixou muito orgulhoso. Até parece que ela escutou minhas
idéias. Que idéia foi esta?
Sabrina decidiu tornar-se sócia no restaurante que ela
trabalhava como chefe. Infelizmente, ela ainda não tinha dinheiro para se
tornar proprietária sozinha, mas ao menos ela pode entrar na sociedade o que
simboliza um grande passo profissional.
Ai está o novo restaurante de minha filha, Bistro Chez
Soi.
Minha filha ser sócia neste restaurante me lembrou os
bons momentos que eu passei com minha amada Paulette. Sempre que podíamos nós
íamos jantar neste restaurante, sem contar outras comemorações como formaturas,
namoros, noivados, etc.
Para comemorar este marco na vida de nossa filha e
também seu aniversário, nesta noite César e Sabrina jantaram em «tête-à-tête»
no restaurante dela.
_ Estou super orgulhoso de você Bina. Este restaurante
é o melhor da cidade e tenho certeza que um dia você será proprietária dele. –
disse César todo orgulhoso de sua amada.
_ Oh, querido! É tão bom saber que eu posso contar com
teu apoio.
_ É claro que você pode contar com meu apoio Bina.
Você sabe que eu te amo, não?!?!?! – disse César.
_ Eu sei amor. E eu te amo muito também. – Sabrina pensou
que talvez fosse um bom dia para ela tomar outra atitude que andava rondando
sua mente ultimamente. – O que você pensa de darmos uma volta depois do jantar.
– sugeriu Sabrina.
_ Boa idéia! Adoro passear contigo. – disse César
feliz.
Depois do jantar, Sabrina e César foram passear na
praça predileta deles, onde eles haviam trocado o primeiro beijo e outros
tantos momentos juntos.
Tenho que confessar que Sabrina tinha más intenções com
este passeio pelo o que vocês podem perceber pela expressão dela.
César aproveitou que eles estavam sós e no «local»
deles para entregar o presente de aniversário de Sabrina.
_ Amor eu te comprei uma lembrancinha para teu
aniversário. Espero que você goste, fui eu mesmo que escolhi, só não tenho muita
certeza se você já leu e óbvio que se você não gostar você pode comprar.
Sabrina ficou tão emocionada que não sabia o que dizer,
ela abriu a caixa para descobrir um magnifico livro de receitas com vários
pratos gastronomicos.
Em seguida ela se atirou nos braços de César.
_ Oh, meu amor! Você não poderia ter acertado melhor.
Adorei! Tenho certeza que vai me servir e muito no restaurante. Este ainda não
tenho que estava doida para comprá-lo é novidade e tem receitas deliciosas
segundo meus colegas do fórum de culinária.
_ Você gostou mesmo Bina?!?!?! – perguntou César meio
incerto.
_ É claro que gostei seu tolinho! – disse Sabrina. –
Tudo bem que eu esperava outra coisa.
_ Outra coisa?!?!?! – disse César incerto.
_ É outra coisa.
_ Ok. Como eu disse você pode trocar se você quiser...
Sabrina não deixou César terminar, ela cortou no meio
da frase:
_ César, eu não vou trocar o presente. Eu adorei, era
o que eu estava querendo e se você esperasse mais um dia para me dar eu iria
ter dois, pois pretendia comprá-lo amanhã.
_ Então não entendi. – disse César incerto.
_ Eu vou te explicar. – disse Sabrina. – Melhor, vou
tentar.
_ A gente está juntos desde adolescência, não
estamos? – perguntou Sabrina.
_ Estamos. – disse César.
_ E tenho certeza que você me ama como eu te amo? –
perguntou Sabrina.
_ Não sei se você me ama da mesma forma, mas eu
definitivamente te amo.
_ Tolinho. – disse Sabrina sorrindo. – Enfim, eu
cheguei em um idade critica, você sabe. Onde ou é agora ou não é nunca mais,
entendeu?
_ Não tenho
muita certeza. – disse César realmente incerto, homem as vezes é meio lerdo
mesmo.
Enfim, Sabrina
resolveu que este era o momento de dar uma guinada na vida dela. E definir o
futuro dos dois.
Ela se
ajoelhou aos pés de César e disse:
_ O que eu quero
dizer meu amor. É que esta na hora de eu começar a minha família, ter meus
filhos, um marido, pois a vida adulta passa muito rápido. Portanto, meu amor
você me daria a honra de ser sua esposa?
César olhou
Sabrina abobado por um tempo, ser pedido em casamento era a última coisa que
ele imaginava que poderia acontecer, ele pensou que fosse ele a fazer isto e a
inversão de papéis pegou desprevenido.
César abraçou
Sabrina emocionado.
_ Nada me
faria mais feliz, meu amor. – disse ele com a voz carregada de emoção. – É claro
que me caso contigo. O que você me diz de casarmos no fim de semana, já que
você precipitou o pedido, eu posso ao menos sugerir a data? – disse César de brincadeira.
_ Não tenho
nenhuma oposição. Na minha casa ou na sua? – brincou Sabrina.
_ Onde você
quiser meu amor. – disse César.
Ver minha
filha feliz deste jeito, me deixou extasiado de alegria. Era uma pena eu não
poder participar de forma mais ativa destes momentos.
Mas, o mais
importante é que o Legado vai estar garantido.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Capítulo 9 – Apoio
Apesar da morte de Paulette, nossas filhas continuaram
a dormirem juntas no mesmo quarto.
Eu diria que nenhum deles se sentiam à vontade de
pegar o antigo quarto de casal para eles.
Confesso que a discussão que eles tiveram após à morte de Paulette me deixou preocupado. Eu não queria que meus filhos brigassem pela herança, eu sabia que nomear somente um herdeiro era problemático, porém eu não desejava que isto fosse um ponto de disputa entre eles. Portanto, eu resolvi escrever um bilhete:
«Queridos filhos,
Sei que a morte de sua mãe e minha deixou um grande
vazio em suas vidas. Porém, nós estamos sempre perto de vocês como seu anjo da
guarda. Eu tenho muito orgulho de vocês e espero que vocês sejam sempre unidos
e amigos um dos outros para poderem superar este momento de dor e luto.
Amo muito vocês,
seu pai»
Espero que isto resolva o problema por hora.
Porém, não foi se apoiando um ao outro como depois de
minha morte que meus filhos agiram desta vez.
Eu diria mais que foi se apoiando à um futuro
parceiro. Não que isto seja algum problema, ao contrário. Porém, a fraternidade
entre eles nunca mais seria a mesma.
Este é Tom Mansfield, colega de trabalho de Júlia.
Ao saber da morte de Paulette, ele não perdeu tempo de
vir assediar minha filha.
_ Oi Ju! Fiquei sabendo da história da tua mãe. Deve
ser barra, né.... Se você tiver precisando de alguma coisa saba que você pode
contar comigo, ok.
Júlia ficou surpresa com a visita dele, afinal ela e
Tom mal se falavam no trabalho. Digamos que ela tinha uma quedinha por ele,
porém ele sempre foi tão na dele que ela nunca pensou que a reciproca fosse
possível.
_ Oi, Tom! Nossa obrigada por ter vindo. Significa
muito para mim poder contar com os amigos nesta hora. Você não quer entrar?
_ Acho que hoje não Ju. Eu só passei mesmo para ter
notícias suas e saber se você precisa de algo. Bom você me liga se precisar de
algo, ok?
_ Não! – gritou Júlia pega de surpresa. – Melhor, eu
não estou precisando de nada, não. – disse Júlia sem graça, por sua reação. Ele
queria que ele ficasse mais um pouco, mas sua timidez a impedia de dizer. –
Você tem que ir agora? Você não quer ficar mais um pouco para conversarmos. Me
ajudaria a me distrair.
_ Claro. Se isto vai te ajudar.
Para felicidade de Júlia, Tom ficou muito mais do que
o previsto. Eles conversaram quase a noite toda observando as estrelas.
Júlia estava encantada com a atenção de Tom e seu
conhecimento de astronomia. Júlia ficou extremamente feliz em descobrir que os
dois tinham o mesmo hobby e a mesma paixão pelas estrelas.
O papo entre eles que inicialmente começou de forma
tímida, até o fim da noite a relação deles estava repleta de cumplicidade e
intimidade.
Nos dias que se seguiram Tom passava todas à noites
para ver Júlia.
E não demorou muito para rolar uma forte atração pelos
dois.
Até que em uma destas visitas Tom apareceu com um
buquete de flores para Júlia. E se declarou para ela:
_ Ju, eu sei que faz pouco tempo que sua mãe faleceu e
que você está de luto. Mas, eu não posso mais esperar para te declarar meu amor.
Eu quero que você saiba que eu não sou um oportunista e que eu tenho um
profundo respeito por ti e também uma grande admiração. Mesmo que você não
esteja pronta neste momento, eu vou esperar o tempo que for preciso.
Júlia sentia as flores e se emocionava com a
declaração de seu amado.
Em seguida, ela se atirou nos braços de seu amado.
Abraçando-o fortemente, com medo de que ela estivesse sonhando.
Sua cabeça estava a mil, seu coração batia fortemente.
E ela só pensava: «Oh, meu Deus! Ele disse que me ama, faça que eu esteja
acordada, faça que não seja só um sonho».
Tom de seu lado a abraçava fortemente também, feliz em
saber que Júlia estava interessada nele, assim como ele nela. Tudo bem que ela
não havia dito nada ainda, mas aquele abraço dizia mais que mil palavras.
Depois de um momento, Júlia deixou escorregar dos
braços de Tom e olhou olho no olho, para declarar seu amor:
_ Oh, Tom! Você não tem idéia de como você me faz
feliz hoje. Não tem nada de desrespeitoso. E eu estou pronta para seguir em
frente. Eu sei que onde quer que meus pais estejam eles querem que eu seja
feliz e que eu encontre alguém que me faça feliz um amigo, companheiro e amante
para a vida como eles foram. – disse Júlia emocionada.
O coração de ambos batia freneticamente na troca do
primeiro beijo deles. Apesar da forte atração que um sentia pelo outro foi um
primeiro beijo suave, repleto de amor e de promessas de uma nova relação.
Logo ao saber da morte de Paulette, Tammy veio
consolar Pablo.
Júlia havia telefonado a sua melhor amiga e a
estimulado a vir ver Pablo.
Assim, que se encontrara Tammy o abraçou fortemente
para demonstrar seu apoio.
_ Oh, Pablo! Nossa fiquei tão triste quando soube da
morte da tua mãe. Tia Paulette era tão legal, sempre pronta a nos consolar nas
horas mais difíceis, sempre pronta a nos apoiar nos nossos sonhos. Uma grande
inspiração, nossa eu vou sentir uma falta terrível dela. Imagino o quanto
esteja sendo difícil para suas irmãs e você.
Pablo reagiu de forma dúbia ao abraço de Tammy. Sua
vontade era abraçá-la fortemente e cobri-la de beijos. Mas, por outro lado
tinha Laura, sua namorada que havia partido da cidade para cobrir uma reportagem.
Pablo não se sentia confortável na presença de Tammy.
Apesar de seus sentimentos por Tammy, ele estava em
uma relação com Laura e não seria nada justo de sua parte traí-la.
_ Obrigada Tammy por ter vindo. Realmente é um período
difícil e complicado. Minha mãe gostava muito de você também.
Eles ficaram mudo por um momento, até que Pablo achou
que já era hora de se separar de Tammy antes que ele perdesse a razão.
_ Tammy se você não se importa, eu tenho que sair
agora.
Tammy ficou triste de ser dispensada por Pablo.
_ Ok. Eu não quero te atrapalhar, é só que...
_ Olha Tammy, você não atrapalha em nada. Mas, é que
eu tenho mesmo que ir. O restaurante está esperando minha entrega para esta
noite. E se eu não chegar na hora Sabrina vai ralhar comigo.
_ Ok. Tudo bem a gente se vê.
_ É isto ai a gente se vê. Até logo.
E foi assim que terminou o encontro deles.
Naquela noite Pablo não conseguiu pregar o olho, o
semblante triste de Tammy não lhe sai da cabeça e ele se sentia culpado de ter
sido rude com a sua amada.
Outra verdade que não deixava-o pregar o olho. A quem
ele queria enganar saindo com Laura. Apesar de todos seus amigos acharem Laura
«hot», uma pessoa divertida e super sociável. Tammy sempre tinha sido seu
grande amor, ele sempre se sentia mais à vontade na presença dela do que
qualquer outra garota que ele tinha conhecido e ele seria burro e estupido de
perdê-la por tolices.
Pablo sabia que Tammy estava em uma noitada com suas
amigas, Júlia havia deixado escapar um comentário no jantar que Tammy iria a caça
com suas amigas esta noite. Só de pensar que Tammy podeira conhecer um outro
cara, fazia o sangue de Pablo ferver.
Tammy ficou surpresa ao ver Pablo na saída do clube: _
Pablo, você por aqui?!?!? Pensei que você não gostasse de sair para dançar. –
disse Tammy sem saber o que dizer.
_ Você tem razão Tammy, mas eu precisava me desculpar
pelo modo rude como eu te tratei esta tarde. Espero que você possa aceitar
estas flores como um pedido de perdão da minha parte.
Tammy ficou maravilhada com o pedido de desculpas de
Pablo. Era tão romântico e sensível da sua parte. Mas, ela não tinha certeza
absoluta do significado completo destas flores:
_ Obrigada Pablo. As flores são lindas! Eu fico
sensibilizada pelo seu gesto, não precisava tanto.
Pablo sentindo um certo ponto de interrogação nos
olhos de Tammy, resolveu que estava mais do que na hora de esclarecer alguns
pontos.
_ Tammy, você sabe que eu estou em uma relação com
Laura...
_ Sim eu sei. Mas, pode ficar tranquilo que eu... –
disse Tammy cortando-o.
_ Tammy, por uma vez na vida tem como você me escutar
sem retrucar? – cortou Pablo. – Quando eu terminar você eu serei todo ouvidos,
mas me escute um momento sem retrucar, ok?
_ Ok. – disse Tammy sem saber o que esperar.
_ Tammy como você sabe Laura e eu saímos juntos já faz
um bom tempo. Porém, eu nunca tive com ela o mesmo tipo de relação que nós tínhamos,
você e eu. Eu... eu... Bom, ela está viajando neste momento e eu acho que seria
injusto com ela de terminar nossa relação por telefone ou e-mail. E ao mesmo
tempo eu não me vejo nem mais um minuto de minha vida longe de ti. Se você
puder aceitar minha promessa e me dar uma nova chance. Assim que Laura chegar
na cidade e pretendo terminar com ela e se você tiver paciência de me esperar e
puder me perdoar por todo o sofrimento que te causei. Eu... eu... eu gostaria
de te pedir uma segunda chance. Eu gostaria de saber se você me perdoaria e me
daria a chance de ser teu namorado novamente?
Tammy abraçou Pablo, olhando-o diretamente nos olhos.
E por um curto momento ela não disse nada. A emoção deixou-a muda. Quando ela sentiu
que seu folego voltava e que ela seria capaz de falar novamente:
_ Meu amor. Você sabe que eu nunca deixe de te amar em
todos estes anos. E por um momento eu me senti tola de guardar a esperança de
que você um dia quisesse se relacionar comigo novamente. É claro que eu te
perdôo, meu amor. Porém, eu não posso esperar até você terminar com a Laura
para te beijar.
O beijo trocado entre eles deixava transparecer toda a
saudade e paixão que os unia.
Este beijo simbolizou um novo começo de uma relação
entre os dois que prometia um futuro em comum pela frente.
Sabrina por sua vez buscou consolo e reconforto nos
braços do amor da sua vida.
_ Oh, César! Tem sido tão difíceis estes dias sem
mamãe em casa.
_ Eu sei minha querida. Mas, conhecendo tua mãe como
eu conhecia, ela não ia querer vê-la triste desta forma.
_ Eu sei, mas...
_ Tem mais alguma coisa acontecendo, não Bina? – disse
César percebendo a excitação de minha filha.
_ Infelizmente tem. – disse Sabrina.
_ O que está te perturbando tanto meu amor. – disse César
encorajando Sabrina a desabafar.
_ Depois do enterro de mamãe, meus irmãos e eu tivemos
uma discussão terrível. – disse Sabrina.
_ Mas, porque? Aconteceu alguma coisa? – perguntou
César, ela sabia que meus filhos tinham sempre sido tão unidos e não entendi o
que perturbava tanto Sabrina.
_ Por causa do tal legado. De quem vai ser o herdeiro,
Júlia diz que vai ser eu por ser mais velha e pelo fato que nós já estamos
quase tendo filhos... – Sabrina desabafou nos braços de seu amado.
Ela lhe contou todos os detalhes da discussão com seus
irmãos frase por frase. César escutou-a pacientemente sem interrompê-la.
No final, ele abraçou fortemente para consolá-la
_ Vem cá meu amor. – disse César. – Eu entendo o medo
de Júlia. De certa forma ela tem razão, mesmo que não seja você a herdeira. Pablo
e você tem mais chances de serem do que ela.
_ Mas, ela nem quis saber da minha idéia. – resmungou Sabrina
entre lágrimas.
_ Meu amor, se coloque no lugar dela. Ela tem razão,
nem seria justo com nenhum dos dois que eles vivessem sobre o mesmo terreno
criando seus filhos sabendo que mais cedo ou mais tarde eles teriam que partir.
_ Eu sei, mas eu não quero que minha família se
separe. – choramingou Sabrina.
_ Eu sei minha querida. – disse César. – Mas olha,
nada precisa ser resolvido agora, nada apressa vocês tomarem uma decisão neste
instante. Tenho certeza que com o tempo tudo vai se acalmar e se arranjar.
César consegui acalmar Sabrina com seus beijos o que
fez com que ela se sentisse e segurança, amada e por ter alguém a quem se
apoiar e confiar.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Capítulo 8 – A partida
Nos dias que se seguiram, uma rotina se instalou...
Júlia e Dakota finalmente passaram a se dar bem.
Passando a ficarem quase inseparáveis.
Júlia consegui um emprego no hospital como ela queria.
De médica interna como estudante de medicina, ela tinha certeza que com tempo e
dedicação ela chegaria a ser uma médica e uma grande cirurgiã.
Sabrina continuava se dedicando a culinária. Ela sabia
fazer receitas deliciosas, mas já fazia um tempo que ela não recebia uma promoção.
Ao meu ver, Sabrina deveria arriscar e abrir seu
próprio restaurante, mas como dizem morto não dá palpite.
O namoro dela com o César continuava forte, porém nada
de pedido de noivado ainda.
O que me preocupava enormemente, o tempo estava
passando e nada de herdeiros para a 3ª geração.
Pablo se dedicava de corpo e alma a sua horta.
Desde que Júlia voltou para casa e ele tinha visto
Tammy de longe, ele não procurou mais Laura, mas ao mesmo tempo não tinha
coragem de procurar por Tammy também.
Confesso que a timidez dele está me tirando do sério.
Se continuar assim, ele vais e tornar um verdadeiro ermitão.
Paulette havia terminado o retrato de Júlia.
Ela dizia que com essa obra, ele tinha terminado sua
missão na Terra e que ela podia partir ao meu encontro.
Digamos, que eu estava ansioso por sua morte; porém
nossos filhos não achavam graça nenhuma quando Paulette dizia isto.
Foi numa tarde de 3ª feira que Paulette recebeu o
primeiro sinal que seu fim estava chegando.
Paulette pintava, quando ela sentiu um terrível mal estar.
Ela se sentou imediatamente. Aos seus ouvidos a música
da morte soava, a mesma que ela havia escutado na hora da minha morte.
Paulette se inquietou pelos nossos filhos, mas ao
mesmo tempo ela se sentia tranquila, pois ela tinha certeza que nos
reencontraríamos e ela estava ansiosa por isto.
Paulette esperou e nada mais se passou. O mal estar passou. E o único barulho que ela escutava era da brisa do vento nas folhas das árvores.
Paulette achou melhor entrar e se distrair um pouco
tocando algo. A música a acalmava e evitava de pensar no som da morte.
Paulette decidiu não comentar nada do ocorrido com
nossos filhos, para não preocupá-los à toa.
Paulette teve uma noite tranquila, ao lado da sua fiel
companheira Dakota. E na manhã de 4ª feira ela acordou se sentindo em plena
forma e esquecendo o ocorrido da véspera.
Na sua cabeça, ainda não era sua hora.
Mas, não foi bem assim que se passou.
No final da tarde de 4ª feira, Paulette sentiu de novo
o mal estar, seguindo de uma sensação de flutuar. Neste momento ela soube que
seu fim chegava e que era hora da sua morte.
Pablo alertado pelos latidos histéricos de Dakota chegou
ao local a tempo de ver a alma flutuante de Paulette.
Pablo sabia que não havia nada a fazer a não ser
lamentar a partida de sua mãe.
Ele sabia por experiência que uma vez a morte presente
nada mais poderia ser feito.
Foi com grande pesar que ele viu seu segundo parente
partir desta vida para o além. Por mais que ele soubesse que Paulette pudesse
voltar como fantasma. Nada seria como antes, sua mãe partia para sempre.
Quando Sabrina e Júlia chegaram do trabalho, Paulette
já havia partido.
Nossos três filhos lamentavam a morte de sua mãe.
Ao menos eles eram adultos, mas nem por isso o luto
era menor.
Naquela noite Dakota deitou-se na cama de sua dona com
esperanças que ela voltasse. Mas, Paulette não voltaria tão cedo.
E eu nem tenho muita certeza que como fantasma ela
possa interagir com Dakota, enfim a verificar no futuro.
Na manhã seguinte nosso filhos decidiram enterrar
Paulette ao meu lado.
Eles achavam que nada mais justos que nós dois
passássemos nossa eternidade juntos.
Confesso que aprecie muito o gesto de nossos filhos.
Em manter sua mãe e eu juntos e na nossa casa.
Eles passaram um bom tempo lamentando diante de nossos
túmulos.
Não era fácil, a vida deles acabava de ser totalmente
desestabilizada. Quando eu morri, mesmo sendo mais jovens, eles tinham uma mãe
em quem se apoiar, mas e agora?
Eles estavam só. A morte de Paulette uniria nossos
filhos ou causaria um cismo?
Após o enterro nossos filhos se reuniram para discutir
seus destinos.
Júlia foi quem trouxe o assunto à tona.
_ Bom, como nós iremos dividir as coisas agora?
Pablo reagiu de imediato:
_ Como assim?!?!?! As coisas vão continuar como
estavam, porque alguma coisa teria que mudar?
_ Não seja ingênuo Pablo. As coisas nunca mais serão
como antes. Papai se foi, mamãe também. Somente um de nós será herdeiro e
viverá nesta casa para sempre. E sejamos realistas que a chance que seja eu é
minima. – disse Júlia.
_ Ao meu ver nada mudou. Continuamos nós três
solteiros. Portanto, não vejo porque algo tenha que mudar.
_ Tudo mudou Pablo. – disse Júlia – antes aqui era a
casa dos nossos pais, depois de mamãe e agora de quem será?
_ Não pode continuar sendo nossa? – argumentou Pablo.
_ Até que Sabrina se case e nós sejamos obrigados a
partir? – disse Júlia, com a voz ligeiramente alterada.
Sabrina achou que era hora de intervir:
_ Ok, vamos acalmar os ânimos. Eu entendo sua
preocupação Júlia e concordo com você que este não é um assunto a ser ignorado.
Mas, também concordo com Pablo que nada precisa ser decidido radicalmente hoje.
_ Mas, Sabrina... – tenta argumentar Júlia.
_ Júlia me ouça um momento por favor. Depois você pode
argumentar. – diz Sabrina. – Quando papai deixou seu testamento, ele disse que
só o primeiro de nós que tivesse um filho que seria o herdeiro, a 3ª geração e
dono desta casa. Mas, isto não quer dizer que os outros não possam morar no
terreno. Nós somos três, a gente já tem duas casas neste terreno. A gente
poderia construir uma terceira casa e todos ficaríamos vivendo aqui com suas famílias
respectivas. O que vocês acham?
_ Eu concordo contigo Bina. Excelente idéia. – disse Pablo.
_ Pois, eu discordo totalmente. Porque eu continuaria
morando aqui, tendo uma família, para que meus filhos fossem os primos pobre de
seus filhos, Bina. Até concordo que agora não faria muita diferença, mas se
cada um de nós tivermos três filhos. Imagina o bordel que isto aqui vai virar. –
argumenta Júlia
_ Porque você diz que meus filhos seriam herdeiros,
Ju? Eu sou solteira como você e Pablo. E quem diz que serei eu a ter o primeiro
herdeiro? Pode ser um de vocês dois também.
_ Sejamos realistas, Bina. Você é a única aqui que tem
um relacionamento sério capaz de ter um casamento e filhos em breve. E eu não
pretendo ficar aqui para ser expulsa depois. – diz Júlia.
_ O que você propõem então Ju? – pergunta Sabrina.
_ Não sei, mas acho que precisamos pensar neste
assunto e tomar uma decisão. – diz Júlia.
Sabrina se levanta da mesa. Encerrando o assunto por
um momento.
_ Ok, mas acho que esta decisão não precisa ser tomada
agora. Eu acabei de enterrar nossa mãe e eu me recuso a decidir que será o dono
da casa de hoje em diante. Se vocês me dão licença eu preciso de um tempo à sós.
De onde eu estava, eu não estava nada contente com
este assunto. Nunca imaginei que a sucessão fosse causa de discórdia entre
nosso filhos.
Sabrina foi cozinhar para se distrair...
Mas, a distração não foi suficiente para acalmar sua
dor.
Ainda mais depois de toda a discussão com seus irmãos.
Pablo foi cultivar, mas como Sabrina a dor era muito
forte e em pouco tempo ele voltou a se lamentar seu destino. Porque a vida tem
que ser tão complicada?
Júlia tentou estudar um pouco de lógica, mas como seus
irmãos, sem sucesso.
Assinar:
Postagens (Atom)